Pelo contrário, achamos que o marido que encerra a sua mulher numa espécie de vida acanhada, é como um anel apertado à volta de um dedo magro. Esse marido parece-se, pois, com esses criadores que tosquiam muito rente as crias das suas éguas e quando, em seguida, ele a leva a beber ao rio, ou aos lagos, cada uma delas ao descobrir a sua imagem desfigurada, desfeada, perde subitamente toda nobreza e até por um burro se deixa cobrir.
Plutarco, Erotika, Diálogo Sobre o Amor, editora Fim de Século
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