domingo, 11 de outubro de 2015

Axioma de Catão

Com as minhas próprias mãos, construir um palácio, para nele abrigar a tua alma. 

3 comentários:

  1. Pirata, é muita gentileza sua (olhe a vénia a caminho) mas a minha alma não se dá com os ares palacianos. Imagine que gosta de ascender aos céus nas asas dos grifos, cristalizar água do mar nos sobrolhos, deitar-se em campos floridos, enfim, aguardando o regresso ao jardim da árvore de eterno fruto, flor e fogo.

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    1. Bem vê o problema que me coloca caro anónimo mauzão. O tal do axioma é que a alma do amante mora naquele que o ama. Com a sua megalomania em matéria de residências, estraga-me a metáfora! Assim não podemos ser felizes juntos.

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    2. Pirata... vamos fechar-nos dentro de um cacifo e depois dessa experiência podemos falar da felicidade da alma. Alguém que descreve o amor com base na alma do outro morar num invólucro destinado a um só, é condenar a pobre alma à morte, no mínimo por sufocamento, e fazer do amor um caixão.

      Quem escreveu isso não sabia nada de almas, muito menos de amor e tudo sobre artes funerárias.

      E também não existe essa coisa de "ser feliz". Não somos ainda tão paupérrimos que tenhamos de nos limitar à condição de "ser feliz" sob a tirania da emoção da felicidade. Quero liberdade para ser miserável às 10H00, servir-me de contentamento às 12H00, irritar-me às 14H00, discutir às 15H00, chorar às 17H00, consolar-me às 19H00 e estar feliz às 22H40, aqui.

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