sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A outra face

A liberdade viajou na asa negra
da impotência.
Aterrou numa manhã de chuva miúda.
A voz na rádio disse que a humidade era de 96 por cento.
Soube, nessa manhã de maio de há muito anos, que coisa alguma bastaria.
E o amor, o amor nada. Nunca poderei ser mais amada do que no instante em que até o amor foi insuficiente. 
Então, fizeste-me livre.
Os homens não sabem que a liberdade é apenas a face mais brilhante da moeda da impotência. 

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