se ficasse mais um segundo, as mãos pousadas na linha imaginária da clavícula, meia frase que se desfaz, a boca entreaberta, um medo que vem do chão, a contabilidade da razão, se ficasse mais um segundo, a paz que pode conter um sorriso, certa música partilhada, os sábados de manhã de chuva, o final de uma canção, o farol iluminado pela lua, o livro de poemas na cadeira de baloiço, se ficasse mais um segundo, a respiração no meu pescoço, a transposição metafísica da distância, as notas de jazz espalhadas no chão, uma febre que vem do início dos tempos, as palavras que nada podem.
Não saberia regressar.
:-) tão bom.
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ResponderEliminarSe ficasse mais um segundo, não quereria regressar.
ResponderEliminarAs palavras que nada podem e que, contudo, nos (re)constroem. Tão bonito, Cuca :)
ResponderEliminarAcho que constroem, sim.
EliminarObrigada, Miss Smile.