domingo, 29 de novembro de 2015

Roubos

Novembro passou sem marca. É de outubro este monte de livros que acumulo do meu lado esquerdo. É também de outubro o poema que o marcador suspende na linha do horizonte. E é de outubro o último por do sol; o rasto da espuma das ondas; essa especial forma de silêncio que há no mar.
Diz-me a clepsidra avariada que aquilo que menos importa consumiu-me no mês de novembro mais de noventa por cento das minhas horas.
Roubaram-me o mês de novembro.


3 comentários:

  1. Diz-me tanto este texto. Ha uma cançoneta afrancesada que começa com a lindíssima frase Foi em Novembro que Partiste...O mesmo que deu o mote ao meu primeiro "burloque" .

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