segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Finalmente caiu a noite

Essa hora em que, 
finalmente,
cai a noite, 
derrama-se a clepsidra, 
calam-se as fúrias, 
fecha-se o verso. 

O silêncio 
das primaveras na jarra e
das paredes brancas e
do perfume e
dos livros e
das notas do piano 
na sala onde nenhum espelho. 

Essa hora em que, finalmente, cai a noite sobre um dia com demasiadas horas.


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