quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Caríssimo Xilre

Não é por mim, a quem anos de meditação budista treinaram para a relativa indiferença aos incómodos físicos. O problema são os outros que, menos familiarizados com o sofrimento e indiferentes aos humores do tal do tribunal europeu dos direitos do homem, ameaçam assassinar a sua Orchidée se não me livrar dela antes da hora de dormir.
Constato que o nosso amável bilhete teve o condão de o fazer repensar a decisão de dissidência e congratulo-o por, uma vez mais, ter feito imperar a sua já famosa sensatez. 
A minha questão, neste momento, é de ordem mais prosaica: 
Agora que já não se vai embora, a quem é que nós devolvemos aquela harpia histérica que acomodámos lá em baixo? 

11 comentários:

  1. Ah, sim! Sempre suspeitei desse affair com Orchidée!
    Mas que imbróglio, pirata! O que fazer à musa de Andrade e J? Talvez abandoná-la numa ilha, mandar a rota a ambos e deixar que eles resolvam as coisas, não?

    Ao menos dê de jantar à "risinhos" senão o escriba ainda foge outra vez!

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  2. Cuca, dá-lhe uma caixinha de lenços de papel, coitadinha. E um pouco de água, pauvre J. ainda não nos devolveu tudo a que temos direito, não é? Precisamos de manter em bom estado a nossa refém.
    Eu levo uma sopa de legumes, dá para toda a tripulação, que tal? :-)

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    1. Venha de lá essa sopa.
      (e agora veio-me à ideia a bela sopa de Adriana Calcanhoto. Quem não diz eia...)

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    2. Sim, a sopinha é bem-vinda!
      Já a refém, se continuar a berrar entre desfalecimentos, terei de atirar ao mar...

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  3. Então, mas não desfalecera? As desmaiadas comem? Não me diga que é daquelas que espera ter o "alvo" a distância de braço para se deixar ter "uma coisinha má"... e eu a pensar que era apenas desenxabida. Sugiro que a despeje na despensa de Miss Smile. Por enquanto...

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  4. Pirrátaaa! Eu aqui! Olha, atira! (Esfregando as mãos de contentamento por haver harpias fresquinhas)

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  5. Estimada capitã,

    O sempre amável Reboredo disponibilizou-se para trazer de volta a dulcíssima Orchidée. O Bentley cor de ébano que deverá estar a surgir nas imediações do navio de Vexa., conduzido pelo próprio ortopedista, formado na escola da Legião Estrangeira francesa e em King Saul Boulevard, estará agora a chegar ao porto, para aliviar Vexa. do encargo de alimentar e alojar a diva de J. Eustáquio de Andrada. Transporta ainda o amável Reboredo, uma pequena recordação, que será entregue pmp, à ilustríssima tripulação que Vexa superiormente dirige.

    Apresentando os melhores protestos de estima e gratidão, este que se assina
    J.

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    1. Agradeço a atenção.
      Espero que Orchidée saiba conduzir.
      O tal do Reboredo fica. Tenho um fascínio por isso de legionários...

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