Treina-se a mente para o espartilho, trilha-lhe o leito fundo do curso dos pensamentos, vigia-se em permanência as margens para que nem uma única gota se desvie. Não há coração que sobreviva ao omnipresente crivo do intelecto. Não é totalmente desagradável viver neste exílio de dor. Poder-se-ia argumentar que também esta é uma forma de morte. Mas não é. Não quando se tornou a única forma possível de vida.
Eis algo que Descartes não previu: "Não há coração que sobreviva ao omnipresente crivo do intelecto." Quando separou os dois, esqueceu-se dos efeitos colaterais que poderia causar.
ResponderEliminarTalvez tenha feito de propósito para arruinar a emoção. Talvez tudo tenha sido o ardil de um racionalista :)
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