No meio daquela multidão, ele buscava avidamente os sapatos dela. Porque não a podia procurar de outra forma. E mantinha assim, discretamente, o controlo dos seus passos. Distantes estavam todos. Era assim que ele a seguia. Pelos sapatos.
Não olhava para ela. Medo. Pavor. Dele próprio.
Era assim que ele a achava no meio daquela confusão. Pelos sapatos. Sempre que os encontrava, descansava um pouco. E logo começava a ansiar de novo. Pelos sapatos dela.
Porque não podia olhá-la. Medo. Pavor. Dele próprio.
Inspiradíssima...
ResponderEliminarMuito. Sempre. Para sempre.
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