Depois de acordar do estampido do rebentamento olhei por mim abaixo e vi-me coberta de escoriações profundas. Nunca poderei esconder a escarificação generalizada que daí vai resultar.
As minhas palavras de conforto têm o eco metálico das coisas falsas.
Sou vista como portadora de uma doença contagiosa quando, em casos semelhantes ao meu, tenta-se falar em esperança. Trago ao pescoço o sino dos leprosos.
Sou o chapéu em cima da cama, as facas cruzadas à mesa.
O espelho partido.
Não se pode dar aquilo que não se tem.
"Esta é a verdadeira pobreza do homem" (Benedictus PP. XVI)
Escoriações profundas? UI! Que se passa aí?
ResponderEliminarE ainda assim continuas a dar todos os dias.
ResponderEliminarVendia-te o tempo, mas o tempo falhou comigo.