sexta-feira, 6 de abril de 2018

Quando a chuva se for embora

Contei sete luas pelos dedos dos pés.
Era uma noite quente num dos telhados de Lisboa
mas depois vieram o vento e o frio e a chuva, por esta ordem.
Os telhados ficaram desertos, a escorregar sozinhos,
e nós não chegámos a deitar-nos sob a luz da lareira acesa.
Quando a chuva se for embora, irás com ela.
Para que nada distraia a primavera.

3 comentários:

  1. ainda vai ficar... até que o próprio céu se dissolva.

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  2. Anda lá com isso, Cigano. Já chega de água. Sê bonzinho para nós.

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  3. arranja-me uma distracção e podes dizer adeus à chuva...

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