Querida tripulação:
Não é que a bravura, a intrepidez, as calças justas debaixo dos casacos de missangas bordadas e o lenço encarnado a cobrir-me os cabelos não me fiquem bem. É que oito anos capitanear um navio Pirata, oito anos à cabeça de uma tripulação de delinquentes, criminosos e poetas, que é tudo a mesma coisa, oito anos a planear e a praticar o saque e a espada, oito anos a comer a comida de Andrimnir, o cozinheiro Pirata, a acordar com os uivos de Polly, o papagaio, a driblar os desamores de Giulliano, o Pirata Italiano, a conter os motins dos ex-presidiários, a tentar manter sóbrio Álvaro de Campos, ele mesmo, oito anos neste navio, dizia, sem secador de cabelo, sem vestidos de seda, sem sandálias de solas vermelhas, sem uma boa maquilhadora e, por último e não menos importante, sem sequer poder namorar, fizeram com que, em suma, me tenha farto de todos vós.
Foi imbuída desse bom espírito que aceitei o convite de Jack Sparrow para passar uns regeneradores tempos num estúdio da Disney e é lá que tenho estado desde então. Não vos escrevi antes porque tenho estado demasiado ocupada a contemplar perfeitos ocasos pintados em papel crepe, com uma mão num cocktail lilás e a outra na mão do Jack.
Não sei quando volto, mas deixei os comandos do Aleph entregues à grande Pirata Palmier Encoberto e tenho a certeza que está tudo bem. Vi que escreveu um diário de bordo, certamente a contar as glórias da última campanha, mas aqui, nos estúdios da Disney, há links que se se recusam a abrir.
Obedeçam-lhe como me obedeceriam a mim.
Muaaaahhhhhh
Tu devias ser fuzilada e atirada aos tubarões!!! Como te atreves a abandonar o Purpurina?!?! Nem os ratos, pá!
ResponderEliminarAbandonar? Isso quer dizer que não estão a gostar do comando da capitã Palmier?
EliminarCapitã Palmier obriga-nos a posar durante horas, mesmo quando a inspiração não se lhe desce, num sol abrasador. quando algum de nós se atreve a desmaiar, chama um dos primos russos - máfia da mais sangrenta - e mando-o cortar-nos a planta dos pés, ou disparar agrafos nas nossas magras nádegas. os ratos desaparecem do porão, creio que não resta um para contar a história de como alimentarão uma tripulação apavorada e corcunda, liderada pela malévola Capitã Palmy. as goivotas serão o próxima repasto (Fernando Josué, logicamente, foi mais uma das suas vítimas, esventrado vivo, comido pelas entranhas. como não haveria ele de alternar os seus gritos entre um saco de gatos à luta, um bebé recém nascido com cólicas insuportáveis e infindáveis gargalhadas maquiavélicas?
EliminarE isso foi só para começar... : DDDDDDD
EliminarE se se queixam muito faço como o outro e suspendo-vos! : DDDDDDDDDDD
Eliminarquero ver isso! (tu tens lá equipa B que se aguente?...)
Eliminar*alimentaram, que futuro nao se lhes prevê nenhum. até o pêlo serviu para encher travesseiros ou fazer esfregões para polir as pratas da Malévola.
ResponderEliminarA verdade é que eu vos estraguei com mimos, piscinas e flutes de champanhe. Umas semanas sob o jugo da capitã Palmier não vos fazem mal nenhum...
ResponderEliminarse nã voltares, vou fazer cair tanta chuva, que nem é bom pensar...
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