domingo, 18 de setembro de 2016

À mercê da lua

À grande lua pesaram-lhe todas as histórias de amor do universo. Soltou-se do céu. Encontrei-a caída logo a seguir à primeira curva da auto-estrada. Enorme, de um ouro antigo e muito cansada. 
Lembrei-me do poema que diz que a lua é o teu espelho. 

6 comentários:

  1. Acredito em tudo excepto na parte em que te perdeste (felizmente, reencontraste o fio à meada :P)

    A parte em que te perdeste: "À grande lua pesaram-lhe todas as histórias de amor do universo". Não será, exactamente, ao contrário? :)


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    1. É exatamente ao contrário, tens razão. :)
      Nenhuma história de amor dispensaria a lua.

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  2. Numa lua estilo a de Meliés, certamente se passaria a história de outra forma. Todos os que dela se encantam, literalmente nela passariam a viver. Perder-se-ia muita inspiração, a construção lunar poderia até proliferar ao estilo de uma Armação de Pêra para enamorados, mas a Terra ficaria para os que nela têm os pés e a cabeça.

    Dos que se enamoram do mar e das metáforas em vagas trataríamos mais tarde ;)

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    1. Compreenderás, Mak, que essa ideia é demasiado boa para que não te a roube mais cedo ou mais tarde. Antes que me esqueça, ficam aqui as minhas antecipadas desculpas por te ir roubar isso tudo!

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  3. Uma espécie de Minority Report do roubo de conceitos? Perdão antes da ocorrência? Parece-me tudo muito bem, estou farto de roubar à realidade ideias para ficção torpe, sem nunca pedir desculpa. Vou já abraçar uma árvore em mea culpa

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