quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Deserto

Posso apenas escrever sobre um deserto de bíblica extensão. 
E nada mais além de areia, manhã alta, noite fria. 
Nenhuma rosa, nenhuma alba ou crepúsculo.
O deserto que deixei para trás e o deserto que tenho pela frente. 
A areia que poderia servir para medir as horas e os dias se os desertos não fossem lugares abandonados pelo tempo. 


11 comentários:

  1. Podes também detalhar os oásis, os piratas têm o seu oásis algures no deserto, moderno, com wi-fi, estrelas cadentes etc, sei lá... tanta coisa para descobrir e dizer.

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    1. É verdade. Nós os piratas temos os nossos oásis portáteis.

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  2. Mas pode-se sempre modificar o deserto:
    A unos trescientos o cuatrocientos metros de la Pirámide me incliné, tomé un puñado de arena, lo dejé caer silenciosamente un poco más lejos y dije en voz baja: Estoy modificando el Sahara.

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  3. https://www.youtube.com/watch?v=G_ycnzz8Dxw

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  4. Um deserto tão abandonado que nem a esperança consegue lá entrar. Tenebroso.

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  5. Terá sido neste deserto que caiu Schiaparelli?

    https://takedireto.wordpress.com/2016/10/21/o-deserto-de-schiaparelli/

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  6. Mensurar o que mede não é um problema de abandono, basta arranjar uma ampulheta grande o suficiente onde escoar todo o deserto num só sentido.

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    1. Porém, criando outro. Uns quilómetros ou uns metros mais adiante.

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