sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Máquina do tempo

Enquanto te aborrecias, na rua, com a vida que não é tua por direito, fiquei acordada, em casa, a viver num livro de Virgínia.
Lá pela madrugada encontrámo-nos numa insónia comum. 
Era quase manhã aqui, noite adiantada aí. 
Na confusão do sono, não saberia dizer se foram muitos anos ou um único serão.
Tento calcular a minha própria idade nas linhas da mão.
É possível que este serão tenha durado uma década.

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