sábado, 9 de junho de 2018

A gentileza de não me amares

– Sabe por que razão estou hoje tão contente – perguntou –, tão contente por o ver? Por que gosto tanto de si hoje?
– Diga lá – pedi, e o meu coração batia descompassadamente.
– Gosto de si porque o senhor não se apaixonou por mim. Outro, no seu lugar, importunar-me-ia, insistiria, suspiraria, desfaleceria; o senhor, pelo contrário, é tão gentil...

Fedor Dostoiévski, in, Noites Brancas

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