Por fim, esquecemo-nos todos uns dos outros. Veio esse doce manto tecido a olvido e cobriu-nos a todos: As noites deixaram de ser perturbadas por mensagens nostálgicas de uns; os dias perderam o aborrecimento dos e-mails passivo-agressivos de outros; calaram-se os dolorosos telefonemas superficiais de terceiros; esfumaram-se as evidências históricas dos primeiros; os poetas deixaram de ser violentados a nosso bel prazer; as músicas perderam a sua função de arma de destruição massiva e até os mortos puderam, finalmente, partir.
Estamos todos prontos para o verão.
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