segunda-feira, 20 de julho de 2015

Espanta-outros-espíritos


Não houve leito, pedra, salgueiro, peixe, ecossistema, que tivesse sido poupado à violência da corrente do rio do esquecimento voluntário. 
Uma insuspeita coletânea de música chill out serviu de cavalo de Tróia à canção e navegou por esse braço de mar morto.
A náusea chegou antes da memória, como sempre acontece na amnésia fabricada. 
Creio ter amado por um minuto a mais. 
Mas antes do final da música, também isso já estava para sempre esquecido.

3 comentários:

  1. Cara Cuca, a Pirata,
    É possível esquecer que se amou a mais? Venha de lá a coletânea, que uma só música não me bastou.
    Um beijo,
    Outro Ente.

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    Respostas
    1. É possível esquecer-se tudo. Podemos é ter de nos lembrar todos os dias que devemos esquecer. :)

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    2. Há-de chegar o dia...o exercício metal já não é mais necessário. O tempo cura tudo! :)

      Cuca, adorei, não conhecia. Já ouvi umas três vezes, seguidas, aliás ainda toca por aqui :) Lindo!

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