Esta manhã o grupo dos poetas pediu-me autorização para uma operação independente. Apesar de a ideia me ter sido antipática, não tive coragem para os impedir, pois de entre esta brava tripulação pirata são os poetas os menos reivindativos (normalmente tudo corre bem se os deixarmos sozinhos com um papel e um lápis e não contarmos com eles para rigorosamente nada).
Largaram o navio de manhã num pequeno bote e prometeram regressar a tempo do jantar, avisando que seria prudente criar no convés espaço suficiente para instalar o produto do saque que trariam consigo.
Vi-os partir armados até aos dentes com sabres, cimitarras, tapa-olhos e ganchos. Cuidei que tivessem planeado roubar os livros de um qualquer navio biblioteca que por aí andasse a vaguear e lamentei imediatente que estas pessoas da poesia mantenham uma desconfiança incurável nos livros digitais.
Enganei-me.
Estes bravos regressaram pela hora de jantar trazendo dentro do bote o produto do seu saque:
Nada menos do que a Lua.
A lua, agora, pendurada sobre a varanda, ali no cimo, a pertencer-nos.
Só mesmo um verdadeiro poeta consegue trazer a lua consigo sem os demais lhe sentirem a falta.
ResponderEliminarPelo menos já estamos fornecidos de queijo a bordo por algum tempo, Capitã Cooka :)
Espero que os outros dêem por falta dela. Depois podemos pedir um resgate pela lua :)
EliminarA escuridão alumia. Todo o poeta sabe disso.
ResponderEliminarAlgo se passa, Capitã, essa história está mal (bem :) contada!
A lua é ela própria uma história mal contada!
Eliminar:)
depende dos quartos, Cuca, depende dos quartos...(ü)
Eliminar:))))))
EliminarUma história de quartos trocados!