Foi o primeiro desde o regresso do exílio.
A casa, por fim, perdoou-me os anos de penumbra e abandono. As coisas voltaram a fazer-se minhas.
Também Lisboa já esqueceu a afronta e lá pelo oitavo ou nono mês aligeirou-me a insónia.
Sei agora que não havia quaisquer razões para continuar a fugir.
Os telhados de Lisboa estão isentos de fantasmas.
Diria que não se trata de fugir, mas de um dantes, sim (sem aspas, propositadamente).
ResponderEliminarEu, por exemplo, que nasci na capital do reyno, e que sempre achei que dela fugi sei, hoje, que fui dela levada e que o meu ano escolar lá passado, anos depois, coincidiu com um número demasiado doloroso de acontecimentos para que pudesse desejar a pensar nela.
Hoje, sei que me chama, mas sucede que a não quero, mesmo amando-a como sei que ela sempre foi (não eu :)
Devias fazer as pazes com essa puta que é Lisboa.
EliminarHá gente, como eu, toda a vida em fuga da Capital, gatos aturdidos com o crepitar de chamas.
ResponderEliminarA Província é dona de uma encantadora serenidade.
Só me falta o Mar logo ali.
Mas hoje em dia até Paris é logo ali.
Abraço, Capitã Pirata!
Na falta do mar, um rio.
EliminarNavegar sempre.