Passei incontáveis minutos a observar o processo de crescimento das raízes no vaso de vidro da planta suspensa em água. A resiliência é o meu milagre preferido. Se fecharmos os olhos e o dia não tiver sido péssimo e tiver feito um pouco de sol e alguém nos tiver oferecido uma música nova ou se tivermos encontrado uma metáfora aceitável num poema, ou num cartaz publicitário, ou mesmo entre duas pedras junto ao rio, se o dia não tiver sido péssimo e fecharmos o olhos, dizia, podemos acreditar na resiliência, essa, que a natureza jura que, estatisticamente, também há em nós.
E então saberemos que as raízes continuarão a crescer mesmo quando ninguém as observa.
E tudo estará bem.
os ciganos nã lançam raízes... eles tornaram-se a raiz
ResponderEliminar(acabei de me lembrar do sonho que tive, graças a ti :)
Nesse caso deves-me um sonho. Vai lá contá-lo para pagares a dívida.
Eliminar:)
ResponderEliminar(e isto, se bem que prazeroso, esta observação cuidada, acaba por ser idêntico ao relaxamento de o não fazer, o deixar fluir; de certa forma, confiar)
És um paradoxo de rapariga! :)
EliminarE tens razão.
"A resiliência é o meu milagre preferido."
ResponderEliminara Cuca, às vezes, deixa-me derreado, mas é no bom sentido.
acredito tanto na resiliência que, sobre a vida após a morte, tenho-a como dado adquirido. não será uma puta anorética armada de foice que me vai tirar a eternidade.
pena é essa mesma resiliência aumentar imenso uma procrastinação que se me cola à pele desde o nascimento: é o que me move para a frente que me faz não avançar.
haja vinho, música e amores, tudo em muito.
Saber que a puta anorética virá sempre tem a utilidade de nos fazer vergar ao tempo e procrastinar um pouco mais depressa.
EliminarNos tempos que correm até para procrastinar em condições é preciso ser-se resiliente.
Aceito o vinho e a música, mas pode ficar com os amores todos para si.
Beijinho.
nunca fico.
ResponderEliminar(Eu também não)
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