Como dizer-te dessa estrada secundária por onde só passa quem procura alguma coisa que não sabe o quê; do seu asfalto gasto pelo pó do deserto que vai da berma até ao meio da faixa de direção unívoca; como dizer-te desse café de portas empenadas, por onde já só entra um pouco de vento que se anuncia no abraço do cristal das velhas estrelas penduradas no tecto; do salão vazio onde não se dança ao som da caixa de música avariada. Como dizer-te das cinco da tarde e das janelas de vidros sujos onde a luz dourada assoma à despedida. Das coisas que eram minhas e que foram, uma por uma, abandonadas. Como dizer-te de mim?
chiça!... que profundo :)
ResponderEliminarGrande filme...vi-o há tanto tempo que já mal me lembrava.
ResponderEliminarO 'velho' Jack Palance numa excelente interpretação. Muito bem!!
:)
Cuca, que texto fantástico
ResponderEliminarÉ tudo arrancado à música, que é brutal.
ResponderEliminarGostei :)
ResponderEliminarPor vezes danço no átrio interior, gritando além da loucura terrestre. Está normalmente vazio. Cheio de eco. ;)
ResponderEliminar...
ResponderEliminarcandas a fazer, caralha???
nao confundas ir para o deserto com desertar.
já passaram 14 dias, Cuca Pirata! já chega!
ResponderEliminarPronto, está bem...
ResponderEliminar:)
Eliminar