terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Sem nome

Por fim, fui alcançada pela tristeza do dia.
Ainda icei as pernas e trepei pelas cordas o mais depressa que soube.
O trapézio é muito alto e eu sento-me para lá das nuvens.
Onde o dia é sempre azul e a noite estrelada.
E essa felicidade, que só existe no que antecede e no que precede todas as coisas, é o meu superpoder.
Mas desta vez trouxe nos bolsos um resto de nuvem escura.
Deles se formou uma chuva estrangeira, alienígena.
Essa tristeza sem nome que agora me chove no colo.

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