Tenho enterrado no fundo do mar, em lugar ignoto, um baú de chaves perdidas. Não fiz mapa do sítio nem guardei cópias das chaves. Nunca ninguém o encontrará, jamais o seu conteúdo verá a luz do dia. Segui esse critério ancestral que ordena que se enterre o que é indestrutível mas incómodo.
Na maioria das vezes o meu tesouro, que é também o meu crime, castigo e vergonha, é uma dor surda que o ruído dos dias disfarça. Uma manhã por outra, porém, liberta-se do baú o espírito do seu conteúdo e espera-me aos pés da cama, para me surpreender logo que abro os olhos, atacando-me, à traição, antes que tenha tempo de desviar o olhar.
Se não tivermos a chave não podemos abrir aquilo que não temos com que abrir, então do que adiantaria encontrar aquilo que precisa se aberto, e que não temos, sem primeiro encontrar a chave que o abra?
ResponderEliminarCapitão Jack Sparrow
Beijos, Cuca :)
Sempre pragmático, esse senhor Sparrow.
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Karen / Ana Teresa Pereira. Lisboa : Relógio d'Água, cop. 2016. ISBN 978-989-641-628-7.
ResponderEliminarcombina com isto tudo.
já me aconteceu... sugiro que isoles os produtos da fissão de vida relativamente curta e que os deixes decair naturalmente, e bombardear os resíduos com vida mais longa com neutrões no interior da máquina de lavar, ou no reactor se tiver um... a absorção dos neutrões promove a transmutação e podes obter isótopos estáveis...
ResponderEliminarAssaltaste o barril do rum, cigano. Está visto.
EliminarHouve aqui qualquer coisa, houve...
ResponderEliminar:))