Deus: Talvez, se te deitasses no sofá e conseguisses rever o momento em que me abandonaste, conseguíssemos resolver este problema…
C: Se me deitasse no sofá, adormecia. Não sei se já reparaste, mas eu trabalho. Lembras-te? É que houve “alguém” que nunca me entregou o prémio do euromilhões.
Deus: Estás a ver? Resumes tudo aos bens materiais! Que raio de pai seria eu para ti se te impedisse de descobrir que só na espiritualidade encontrarás o fim dessa inquietude?
C: Serias um pai preocupado com a tua herdeira que, finalmente, poderia comprar o tempo necessário para reflectir.
Deus: És uma chantagista! É por isso que nunca te faço as vontades. Sinto que não devo alimentar os teus caprichos.
C: será? Ou será, antes, que não fazes porque não podes fazer? Porque não sabes. Porque não és omnipotente. Porque és um inútil preguiçoso. Porque nem sequer existes…
Deus: Não me tentes manipular!!
C: Olha que para deus, estás a ficar com um discurso muito parecido com o do meu ex…
Deus : Tu não eras assim antes de ler Nietzsche! Se tivesses tido a paciência de chegar ao fim da obra terias percebido que ele enlouqueceu por não ter outra criatura para colocar no meu lugar. Um lugar demasiado importante para ser ocupado pelo vazio.
C: Enganas-te. Ele enlouqueceu primeiro e concluiu isso depois. Além disso, subestimas-me se pensas que dois livros de mensagens encriptadas são o suficiente para me induzir uma crise espiritual. Nem que fosse pelo meu ódio aos clichés! Jamais seria assim tão previsível.
Deus: Proporcionei-te aquele encontro com Rembrandt, a sós num canto do museu, para que fosses atingida pelo impacto da espiritualidade…
C: Ai sim? Já que foste tu que o proporcionaste, concluo que me estejas a dever o dinheiro que me custaram essas férias. É que eu não me teletransportei para o museu, lembras-te?
Deus: Os sinais estavam lá todos…não sei porque te recusas a ver todas as migalhas que te coloco na direcção de casa.
C: Tens que experimentar com chocolates! Pode ser que resulte melhor. Já agora, porque é que eu haveria de querer regressar a uma casa onde nem sequer me lembro de ter estado?
Deus: Minha filha, o caminho da paz começa no reencontro com a pureza que um dia existiu dentro de nós…
C: Óh! Pelo amor da Santa! Agora falas como uma testemunha de Jeová! Vá, sai lá de dentro do meu carro que tenho que atender o telemóvel e não te quero aqui a ouvir a conversa!
C: Se me deitasse no sofá, adormecia. Não sei se já reparaste, mas eu trabalho. Lembras-te? É que houve “alguém” que nunca me entregou o prémio do euromilhões.
Deus: Estás a ver? Resumes tudo aos bens materiais! Que raio de pai seria eu para ti se te impedisse de descobrir que só na espiritualidade encontrarás o fim dessa inquietude?
C: Serias um pai preocupado com a tua herdeira que, finalmente, poderia comprar o tempo necessário para reflectir.
Deus: És uma chantagista! É por isso que nunca te faço as vontades. Sinto que não devo alimentar os teus caprichos.
C: será? Ou será, antes, que não fazes porque não podes fazer? Porque não sabes. Porque não és omnipotente. Porque és um inútil preguiçoso. Porque nem sequer existes…
Deus: Não me tentes manipular!!
C: Olha que para deus, estás a ficar com um discurso muito parecido com o do meu ex…
Deus : Tu não eras assim antes de ler Nietzsche! Se tivesses tido a paciência de chegar ao fim da obra terias percebido que ele enlouqueceu por não ter outra criatura para colocar no meu lugar. Um lugar demasiado importante para ser ocupado pelo vazio.
C: Enganas-te. Ele enlouqueceu primeiro e concluiu isso depois. Além disso, subestimas-me se pensas que dois livros de mensagens encriptadas são o suficiente para me induzir uma crise espiritual. Nem que fosse pelo meu ódio aos clichés! Jamais seria assim tão previsível.
Deus: Proporcionei-te aquele encontro com Rembrandt, a sós num canto do museu, para que fosses atingida pelo impacto da espiritualidade…
C: Ai sim? Já que foste tu que o proporcionaste, concluo que me estejas a dever o dinheiro que me custaram essas férias. É que eu não me teletransportei para o museu, lembras-te?
Deus: Os sinais estavam lá todos…não sei porque te recusas a ver todas as migalhas que te coloco na direcção de casa.
C: Tens que experimentar com chocolates! Pode ser que resulte melhor. Já agora, porque é que eu haveria de querer regressar a uma casa onde nem sequer me lembro de ter estado?
Deus: Minha filha, o caminho da paz começa no reencontro com a pureza que um dia existiu dentro de nós…
C: Óh! Pelo amor da Santa! Agora falas como uma testemunha de Jeová! Vá, sai lá de dentro do meu carro que tenho que atender o telemóvel e não te quero aqui a ouvir a conversa!
Montras da Cartier dão delírios destes, dão.
ResponderEliminarPor mais tampas que dês a esse Gajo ele volta sempre.
Há-de desistir...
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