Sempre estranharam o meu paladar. Gostos estranhos. Ainda não conheci combinação que me assustasse. Agridoces; ácidos, açucarados. Amargos, ardentes, ardidos, azedados e azedos. Condimentados, doces, dulcíssimos, insípidos, melados, salgados.
Mas quando, numa tarde destas, me invadiu um sabor a hortelã fresca acabada de arrancar, quase enlouqueci - e vi Granada ao sol, pressionada por uma temperatura impossível de 43º. Um quelho imundo onde se encontra uma sala mudéjar escura, cave cheia de fumos, de copos de chá gelado e vidrilhos e azulejos coloridos aos pedacinhos. Olhei por mim abaixo e era só dourado. Só dourado e tecidos de cores brilhantes, tecidos pelo demónio ele próprio.
Mas quando, numa tarde destas, me invadiu um sabor a hortelã fresca acabada de arrancar, quase enlouqueci - e vi Granada ao sol, pressionada por uma temperatura impossível de 43º. Um quelho imundo onde se encontra uma sala mudéjar escura, cave cheia de fumos, de copos de chá gelado e vidrilhos e azulejos coloridos aos pedacinhos. Olhei por mim abaixo e era só dourado. Só dourado e tecidos de cores brilhantes, tecidos pelo demónio ele próprio.
Este post deixou-me cheia de saudades de Marraquexe.
ResponderEliminarCurioso, encontro alguma afinidade entre o ambiente que a Medusa descreve e uma tarde já velha de 20 anos, passada em Mirandela. Diferença apenas na indexação (alheiras de gozo seria mais assertivo).
ResponderEliminarNoodles, se um dia for a Granada, diga: eu indico-lhe este inferninho de hortelãs, mentas e hierbas buenas.
ResponderEliminarAgradeço-lhe, Medusa.
ResponderEliminarJá lá fui, mas o único inferninho de "hierba buena" que encontrei era celestial, perdido no nevoeiro e risos parvos de uma casa de babel, sob a égide de um tal de Erasmus.