domingo, 9 de fevereiro de 2025

Ensaio sobre o ar que não respiro

Fui artista de circo.

Fiz equilibrismo no vértice dos diamantes. Mergulhei em plateias de feras lançando-me das faces de topázios. Trepei por lenços de seda aos telhados de uma certa Lisboa. Em noites sem lua pendurada nas árvores do sul. decorei constelações inteiras.

Fui pirata

Naveguei as vagas que ficam para lá da bruma. Rasguei um ou outro peito 

 Aprendi a amar as noites sem lua.

Sem comentários:

Enviar um comentário