quarta-feira, 17 de junho de 2020

Do flexiban

Dois comprimidos mais tarde, deitada de costas na cama, numa penumbra de sesta, vigiada pelo roncar do cão, adormeci a contratura que vive agarrada ao meu pescoço há mais de dez anos. Perguntam-me por que  não me livro dela. É uma contratura de estimação. Um repositório discreto de todos os enervamentos e angústias. Testemunha silenciosa de bagagens escondidas no fundo do rio. Dor amiga que avisa dos excessos. Álibi perfeito de relaxantes musculares. Essa pequena maravilha do reino da ciência.

8 comentários:

  1. Ouvi dizer que o Corto faz milagres a massajar contraturas rebeldes...
    🐬

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    1. Pois eu ouvi dizer que não há nada melhor para isso do que uma espada empunhada, no alto do convés! 😈

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    2. Ora Flor, lutas só depois das mãozinhas do Corto fazerem o trabalhinho - para alguma coisa os homens servirã... 😂
      E atenção: não são as patinhas do Corto Gatês, são as mãos fortes do Corto Maltese - bem, vá lá, do boneco...😚

      Beijinho.
      🐳

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    3. As mãos dos homens, especialmente desses sedutores Cortos são para cortar, Maria! É a primeira regra do manual da pirataria feminina!

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    4. E quem diz que as regras são para cumprir???
      E depois ficavam todos capitães gancho das duas mãos, e só serviam para abrir latas quando nós não conseguimos?
      JAMÉ!!!
      Vou já organizar um motim! ☠️☠️☠️

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  2. Tens razão Maria. A cura para todas as contraturas são as mãos do Corto.
    A Flor está imbuída de um espírito bélico...

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  3. também tenho dessas bichas, várias, às vezes pulsam como corações :)

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