desce a rua à esquerda do outono
no passo firme da árvore da vida
e enlaça-me nesse instante do sono
em que a dois corações uma batida.
Dança comigo de pés torcidos
diz-me a essência dos dias
dá-me a violência dos tecidos
conta-me das estórias vadias.
Vem miúdo,
sobe a rua à direita da primavera
lava-me dos cabelos todo o sal
manda fechar as portas da guerra
desenha-me um mundo sem mal.
Dança comigo de pés unidos
alimenta-me a baclava
faz todos os espaços banidos
adormece uma rosa brava.
E, miúdo,
Corta do trapézio as cordas.
Ata-as às asas do vento norte,
que, dizem,
– nunca
voar
foi
má-sorte.
E, miúdo,
Corta do trapézio as cordas.
Ata-as às asas do vento norte,
que, dizem,
– nunca
voar
foi
má-sorte.
A uma miúda.
ResponderEliminarPrometemos tantas coisas e eu só quero
que não esqueças a presença quando eu for
no mais belo ajuntamento de viúvas
não tentes ser discreta, por favor.
Mas se o acaso nos levar ao reencontro
antes desse meu sossego tão esperado [ando cansado]
lanço-te o olhar mais terno e fundo
de Vadinho de Jorge Amado
é que o amor é um cão do inferno
e eu sou um malandro, um safado condenado.
Não esperes muito mais deste vadio
gato esfarrapado e sofredor
sou muito homem, na minha cobardia
não temo os homens, nem a noite nem o dia
só tenho medo de amar e do amor.
Esse seu bolerinho, envergonha o meu.
EliminarObrigada Noodles, fico sempre contente quando lhe apetece escrever aqui.
Eu diria que são dois boleros desavergonhados.
ResponderEliminarObrigado por escrever e, com isso e a espaços, me levar a escrever também.
Boas Festas, Sô Dona Cuca.