A propósito de um almoço de quase Natal entre quase amigos e do tempo roubado às coisas que importam verdadeiramente, para fazer aquelas que verdadeiramente importam.
Do quanto passei e vi nada posso ensinar-te senão dizer-te o que vi e o que passei. E do que me disseram, o quanto que posso ensinar-te é o pouco que posso dizer-te, que foi o que me disseram:
"Não fites a Estrada: segue-a até ao fim."
Fernando Pessoa, O peregrino, in O Mendigo e outros contos, Assírio & Alvim.
Suspeito que se nos fosse concedido o privilégio (?) de viver um milénio, ou dois até, concluiríamos da impossibilidade, ou mesmo da inutilidade, da aprendizagem.
ResponderEliminarPois que se pode aprender -- por outras palavras, que vale a pena dizer, ou mesmo que podemos afirmar, convictamente, que aprendemos, com os anos, com as décadas, com as vidas?
Provavelmente, perceberiamos que a aprendizagem não é mais que a ilusão mestra, aquela na qual as outras se sustentam -- ou até se justificam.
Que libertação, concluir-se que afinal não há nenhuma lição na vida, nada há para aprender: entramos na vida como papel em branco e em branco saímos.
Bom ano, Cuca!
Este comentário foi removido pelo autor.
EliminarEspero que não tenha razão e que nem uma existência milenar nos impeça de retirar dos outros as peças que nos fazem falta.
Eliminar