domingo, 3 de abril de 2011

um progresso é um progresso...

Há motivos racionais e objectivos para a sensação de optimismo que tomou conta de mim. É verdade que ainda não aprendi a fazer bolos. Daqueles grandes, bonitos, deliciosos. Ainda nem sequer tive coragem para comprar farinha e uma batedeira, que presumo essenciais à realização do meu pequeno sonho doméstico. Ainda assim, esta tarde fui dar por mim, feliz e extraordinariamente satisfeita comigo própria, a escolher chávenas de café. Para cúmulo, nem sequer comprei as pretas. Consegui regressar a casa com umas chávenas de flores coloridas. Com a mesma satisfação inimputável, ignorei as coisas importantes que tinha para fazer e destruí duas horas da minha vida, em estado semi-psicopatológico, a desembrulhar as ditas chávenas e a arrancar-lhes os auto-colantes. Por fim, cheguei mesmo ao extremo de fazer um café e de o beber na chávena nova, sentadinha no sofá, a pensar como deve ser bom ser-se uma pessoa normal.

2 comentários:

  1. colecciono loiça há anos.
    nunca senti que "fazer serviços" era um vácuo cerebral... mas bem que pode ser Cuquinha... já sabes como sou dada a estas coisas do lar.

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  2. o vácuo cerebral não se manifesta na compra de louça mas na escrita de posts como este, querida.
    de qualquer forma, colecionar loiça parece-me meio psicopata.

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