Desta vez não fui ver as unhas sujas do pés do Eros de Caravaggio. Também não vi, no Pérgamo, o pé da deusa de encontro à face do seu amor. Comi pretzels com champanhe e vi, na ópera, um rei que era regido por um mago.
As portas da babilónia, atravessadas por oito anos, pareceram-me mais insignificantes do que da primeira vez.
Na última noite, aprendi o que já sabia: “o amor, dizem, é a dança dos corações.”
Pretzels, champanhe e ópera! Ah, isso é um programa maravilhoso para se fazer a dois!
ResponderEliminarNoite feliz, Cuca! :)
Lembrei-me do Fado Penélope.
ResponderEliminarSagrado é este fado que te canto
Do fundo da minha alma tecedeira
Da noite do meu tempo me levanto
E nasço feito dia à tua beira
E nasço feito dia à tua beira
Passei por tantas portas já fechadas
C’o a dor de me perder pelo caminho
A solidão germina nas mãos dadas
Que dão a liberdade ao passarinho
Que dão a liberdade ao passarinho
Enquanto meu amor anda em viagem
Fazendo a guerra santa ao desespero
Eu encho o meu vazio de coragem
Fazendo e desfazendo o que não quero
Fazendo e desfazendo o que não quero
A fome de estar vivo é tão intensa
Paixão que se alimenta do perigo
Do chão em que se inscreve a minha crença
Só ter por garantia ser antigo
Só ter por garantia ser antigo
* Do Pérgamo, só a biblioteca.