1. Comprar um bilhete de avião para uma ilha grega e partir rumo ao sol.
Na impossibilidade desta seguir todas as outras cumulativamente.
2. Pousar em nu integral para o espelho de corpo inteiro e dizer alto: Eu não tenho gorduras inestéticas no meu corpo.
3. Reparar nas empregadas de limpeza lá dos nossos tascos profissionais e dizer alto: Eu não tenho que limpar o lixo que produzo.
4. Ver as fotografias do nosso facebook e dizer alto: pelo menos um quarto destas pessoas gosta mesmo de mim e três até me conhecem.
5. Lembrar da malta que no liceu tinha um ar cool e dizer alto: eu não me transformei em toxicopendente (os lexotans agora não interessam para nada) e também não trabalho no Pingo Doce.
6. Tirar o próximo Sábado inteirinho para nós e desperdiçar o tempo a fazer coisas muito estúpidas.
7. Comprar uma garrafa de Moet & Chandon, encher dez copos de cristal com ele e bebe-los enquanto se repete alto: Há pessoas que não sabem que isto existe.
8. Telefonar a um daqueles amigos que nos suportam tudo, criar uma discussão estúpida, mandá-lo à merda e desligar-lhe o telefone na cara.
9. Elaborar um plano qualquer. Um plano é uma espécie de antídoto contra o monstro da nostalgia. Na falta de coragem para planear a vida, planeiam-se as próximas férias de verão.
10. Fechar a janela por onde entrou a nostalgia.
Caso não seja possível seguir a primeira instrução, e se as outras nove, de forma cumulativa, não produzirem os resultados esperados, actuar da seguinte forma:
Ainda sob o efeito dos dez copos de champagne, dirija-se a uma qualquer caixa de ferramentas, procure um martelo e empregue toda a sua força na direcção do dedo grande do pé.
Verá como a dor física e todo o subsequente problema prático de gesso e muletas se encarregarão de mandar o monstro da nostalgia para a p*** que o pariu.
O "Manual de instruções para correr com o monstro da nostalgia" é, portanto, uma ataque de ódio.
ResponderEliminarEstrebuchar até passar.
É mais um exercício de ocupação mental.
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