Entre as minhas notas antigas, encontro a seguinte frase: "A loucura do acaso e a lógica do destino."
Garante-me o registo que misteriosamente me dei ao trabalho de fazer que a frase é de Nabokov, Contos Completos I, página 317.
Mas o destino não obedece aos cânones da lógica. E há pouca coincidência, e menos loucura, no acaso.
A frase é falsa.
Apago-a rapidamente, como se apagasse uma fotografia comprometedora arrancada num instante de distração.
Pergunto-me quando terá sido escrita, que histórias andava eu a tentar contar a mim própria e se me terei deixado convencer.
Vai ver que por trás tem apensa uma memória bonita, que foi lá em baixo ver o mar. Não apague, deixe a memória voltar e juntas ainda sorrirão da escrita, verá.
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