Estão vinte e seis graus dentro da sala.
Deitada na chaise long do sofá, com o cão a ressonar encostado à minha perna esquerda, observo a expressão do meu amor enquanto aprende na guitarra o Minuet in D minor.
Será a música do novo confinamento.
Tenho saudades dos meus amigos, de passear no Chiado, dos teatros, de ouvir e ver tocar música ao vivo, de jantar em restaurantes, de comer batatas fritas, de aterrar numa cidade desconhecida. Também tenho saudades de abraçar as pessoas de quem gosto, mas sobre isso escolho não pensar.
Sei que a minha gaiola é dourada e tem vista para o Tejo.
Esse que corre indiferente à angústia das margens e ensina a lição que eu preciso aprender.
Correr indiferente à angústia das margens e agradecer o Minuet in D minor; estes vinte e seis graus e os dedos do meu amor na guitarra.
Valha me Deus e os santinhos todos... Vais passar um mês a suspirar borboletas?! 😡
ResponderEliminarAtina te, pirata, atina te! Qu'isto num uma novela!
Nop! Os Piratas nem sequer confinam. São funções essenciais ao funcionamento da pátria. Só queria parecer fofinha...
EliminarPfff... Estás aqui estás a cozinhar doces e biscoitos, de avental posto.
EliminarQue desperdício de espada...
Oh, Flor, mas a espada é ótima para fazer sushi!
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