Diz Borges, a propósito de Arthur Machen, que toda a ficção é uma impostura e que o interessa é sentir que foi sonhada sinceramente.
A pretexto da escrita de um conto que me atormenta, ocorreu-me que a frase é igualmente válida para o amor, esse impostor por excelência.
Se o amor é um Frankenstein composto por ilusões, esperanças, enganos e substâncias químicas isoláveis em tubos de ensaio, então, o máximo que podemos esperar do seu objeto é nos sonhe sinceramente.
Ninguém tem culpa de acordar.
Que maravilha! O que me deliciou ler ese pequeno texto que tanto diz...
ResponderEliminar( não esqueça por favor que há pessoas disformes com sentimentos puros que , quem sabe, a sonham sinceramente com toda a beleza do seu imaginário; olhe o Senhor de Bergerac e a sua relativa disformidade... eu , que sou uma alminha tola e sensível preferi-lo-ia disforme e belo, do que belo e oco :)
Boa semana, Cuca, beijinho
:) :) ;)
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