Acontece-me com frequência
encontrar as melhores respostas nos objetos.
A etiqueta cor-de-laranja, ainda
presa à mala que escondo debaixo da cama, cospe-me um “Heavy” acusador.
Fui catalogada há sete meses
atrás por alguém que talvez nem sequer tenha precisado de me pesar a bagagem
para perceber que o seu peso excede os padrões estabelecidos.
Perco a paciência comigo própria e livro-me da etiqueta num raro
acesso de auto-censura pelo meu próprio desleixo.
Mas do peso, esse, não tenho como me livrar.
Heavy, diz-me o silêncio.
Sem comentários:
Enviar um comentário