Queixo-me ao empregado da loja de fotografias que não tenho jeito para separar as fotos que, por erro meu ao carregar nos botões da máquina, foram impressas em conjuntos de duas.
O rapaz explica enquanto pega numa das fotografias e coloca a tesoura entre um rosto emoldurado por uma paisagem marítima e um outro com um jardim como plano de fundo:
- Põe-se a tesoura exatamente ao meio e corta-se com firmeza e sem hesitações.
Exibe-me, triunfante, dois autónomos pedaços de celulose com os nossos olhares definitivamente libertos um do outro.
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