Alguns gin tónicos depois, ficámos para ali os três sentados com a miúda mulata ao fundo da sala a cantar o Summertime e nós a gozarmos com a miséria da nossa própria existência. Podia ser o Speakeasy de Lisboa. Podíamos ser velhos amigos a contar a versão própria de uma história conhecida. Um de nós quase chorou e os outros dois quase o abraçaram.
Depois o saxofone calou-se. As luzes acenderam-se e não era Lisboa.
Voltámos a ser três desconhecidos eticamente proibidos de trocar impressões entre si.
Essa música faz viajar no tempo
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