No ganas nada en intentar,
el olvidarme,
durante mucho mucho tiempo
en tu vida yo voy a vivir.
No No, no ganas nada en intentar el olvidarme.
No No ganas nada al intentar
O som proibido que inunda a sala. O gesto de surpresa que derruba a tela. Uma mancha de tinta prateada entre os dedos. O telefone a acordar para outras vidas. A mosca que bate de encontro aos vidros da porta. Desesperada. A estatelar-se na liberdade. Uma música que sobrevive à esterilização. Os passos na direcção do som. Maldizer todas as formas de desmaterialização. A dificuldade de aprisionar em caixotes o que não é objectivável. Uma vela acesa na qual se tropeça. Perceber que se chegará sempre depois do som. Queimada. A canção indestrutível. Uma promessa? Uma praga?
E o off finalmente ao alcance dos dedos. E o olhar preso na mancha de tinta prateada. E o telefone a desligar-se. Em vez da música.
Abrir a porta à mosca.
Para que voe livre na rua? Para que se afogue na chuva?
Uma promessa? Uma praga?
Detalhes.
Sem comentários:
Enviar um comentário