A minha qualidade de vida deu um salto qualitativo. Está tudo relacionado com a aquisição de um termoventilador, de uma manta polar e ainda com uns gritos raivosos que tiveram a virtualidade de pôr os painéis solares a funcionar. Assustado, o meu senhorio atravessou a serra a só parou para me comprar uma mesa e quatro cadeiras que chegaram hoje embrulhadas em celofane. Bastante civilizadas, por sinal.
Entusiasmada com o sucesso, ainda tentei reproduzir os meus guinchos histéricos com os senhores dos serviços de atendimento telefónico da Vodafone mas, aparentemente, talvez por eles saberem que eu não sei onde eles moram, não fui suficientemente incomodativa para justificar a instalação de uma antena extra que me permita ter telemóvel e internet em casa. Depois de muitas horas de investigação científica, descobri que se colocar o telefone no canto superior direito do frigorífico consigo ter rede suficiente para fazer com que o telemóvel toque. Claro que a chamada cai imediatamente a seguir, fazendo-me passar por uma aquelas pessoas intoleravelmente mal criadas que desligam o telefone depois de identificar as chamadas, mas, pelo menos, permite-me tomar conhecimento da identidade dos que ainda se lembram que existo reduzindo drasticamente o meu nível de paranóia do abandono.
Ainda não tenho fogão mas também já não me queixo disso. Depois de ter experimentado as refeições que se compram no Lidl e se aquecem no microondas, concluí que isso dos fogões é coisa de gente dada às futilidades da vida. Além do mais, fiz uma recente amizade com um grupo de pescadores que, devidamente conjugada com o barbecue do terraço, faz presumir a futura absoluta inutilidade do fogão. Claro que para que o futuro se torne presente, ainda terei que fazer amizade com alguém que saiba assar peixe e não tenha nada melhor para fazer entre as oito e trinta e as nove da noite. Tenciono manter os meus horários de refeições. Aqui ou em Lisboa, não sou nenhuma selvagem.
A questão dos animais mortos no lavatório tem andado relativamente controlada. Em contrapartida, relativamente aos vivos, não estou certa de que aquele cão preto que veio uivar para a minha porta de madrugada, não seja, de facto, um lobo.
Entusiasmada com o sucesso, ainda tentei reproduzir os meus guinchos histéricos com os senhores dos serviços de atendimento telefónico da Vodafone mas, aparentemente, talvez por eles saberem que eu não sei onde eles moram, não fui suficientemente incomodativa para justificar a instalação de uma antena extra que me permita ter telemóvel e internet em casa. Depois de muitas horas de investigação científica, descobri que se colocar o telefone no canto superior direito do frigorífico consigo ter rede suficiente para fazer com que o telemóvel toque. Claro que a chamada cai imediatamente a seguir, fazendo-me passar por uma aquelas pessoas intoleravelmente mal criadas que desligam o telefone depois de identificar as chamadas, mas, pelo menos, permite-me tomar conhecimento da identidade dos que ainda se lembram que existo reduzindo drasticamente o meu nível de paranóia do abandono.
Ainda não tenho fogão mas também já não me queixo disso. Depois de ter experimentado as refeições que se compram no Lidl e se aquecem no microondas, concluí que isso dos fogões é coisa de gente dada às futilidades da vida. Além do mais, fiz uma recente amizade com um grupo de pescadores que, devidamente conjugada com o barbecue do terraço, faz presumir a futura absoluta inutilidade do fogão. Claro que para que o futuro se torne presente, ainda terei que fazer amizade com alguém que saiba assar peixe e não tenha nada melhor para fazer entre as oito e trinta e as nove da noite. Tenciono manter os meus horários de refeições. Aqui ou em Lisboa, não sou nenhuma selvagem.
A questão dos animais mortos no lavatório tem andado relativamente controlada. Em contrapartida, relativamente aos vivos, não estou certa de que aquele cão preto que veio uivar para a minha porta de madrugada, não seja, de facto, um lobo.
beijo.
ResponderEliminarrecebido.
ResponderEliminar