sábado, 17 de outubro de 2020

Enquanto houver dálias ao sábado...

 Dizem-me que no mundo, na europa, no país, em Lisboa, na minha freguesia, há ameaças, vírus e políticos, internamentos, doentes, mortos, aplicações e máscaras. Não sei nada sobre essas coisas. 

Ontem, a maré foi das grandes e o rio ia cheio e espelhado pela falta do vento. Hoje amanheci entre o sol e os braços do meu amor. Comprei dálias no mercado biológico aqui ao lado e demorei-me, ao som do jazz, a dispô-las na jarra. 

Se escolheres bem e tiveres muita sorte e tiveres vivido muito tempo dentro de um poema, pensei, talvez a tua vida, toda a tua vida, possa ela própria transformar-se num conjunto de estrofes harmonizado por um sentimento.

Agora, o meu amor toca guitarra aqui ao meu lado e, de alguma forma, eu sei:

Enquanto houver dálias ao sábado, tudo estará bem. 


4 comentários:

  1. Ai Melissa Pamela, Melisa Pamela, estais bonita, estais estais... ;D


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  2. Mas é que está mesmo, dissertando até sob um manto prolongado de silêncio que tod@s sabemos estar repleto de dálias, jazz, uma guitarra, um amor :D

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    Cuca Laruca, sê feliz, até com ervas da beira da estrada )*

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  3. https://m.youtube.com/watch?v=QUB7e3BtnvU

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  4. Que coisa mais linda, Cuca!
    (e não quero saber se este comentário pffffff e tal)
    Que coisa mais linda!

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