![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVRgF8BVx50PMsXMQLu7jQF5hx2sx_-Ckb27k23sZrTjX4DP2V6mK_IeykdmfVUob0EgaydcfGSJj-rM5HeXCbX2ICrO5k6R19mNxajRwd1jcxF26R_99W9m5n1cxZ_2oQPOWsT-IN3v2S/s320/arvore.jpg)
Especializámo-nos na arte da construção de um mundo imaginário que pudesse ser o eterno playground do outro. Os brinquedos eram sempre novos e brilhantes. A mesquinhez tinha sido erradicada. Todos nos ríamos muito. Não havia velhos nem doentes nem pobres. E as únicas crianças da casa éramos nós.
Mas um dia esqueceste-te do portão do jardim aberto. O teu desleixo fez entrar a realidade que submergiu o nosso reino de fantasia e me trepou pelos pés descalços. Até ao lábio inferior.
Não cheguei a deixar-me afogar. E se é verdade que perdi o meu lar, também é verdade que aquela nem sequer era uma casa a sério.
E sei isto tudo.
Só não me peçam que à realidade que me violou a consciência ainda entregue, de prémio, o meu apego ao sonho.
excelente
ResponderEliminar