De natureza mais simples, os homens não têm mulheres ideais. A idealização do feminino é limitada a dois factores abrangentes: Para os tendencialmente mais dados ao romantismo, um certo tipo de sorriso, para os outros, todo o tipo de mamas.
E é assim que deve ser.
As mulheres tendem a imaginar um paradigma de homem ideal correspondente a uma criatura compósita que tem as costas de A, as pernas de B e a cabeça de C. Possui a sensibilidade de D, mas mantém a coragem de E e nasceu com a autoconfiança de F. Escreve as coisas que só D poderia escrever, mas pensa como F, comportando-se como E.
O homem que as mulheres se habituam a idealizar é um Frankenstein físico e espiritual colado com o cuspo da sua criadora.
Não admira, pois, que sempre que uma mulher o julga ter encontrado, no fim da curta festa restem incómodos pedaços da criatura espalhados por todo o lado.
E é assim que deve ser.
As mulheres tendem a imaginar um paradigma de homem ideal correspondente a uma criatura compósita que tem as costas de A, as pernas de B e a cabeça de C. Possui a sensibilidade de D, mas mantém a coragem de E e nasceu com a autoconfiança de F. Escreve as coisas que só D poderia escrever, mas pensa como F, comportando-se como E.
O homem que as mulheres se habituam a idealizar é um Frankenstein físico e espiritual colado com o cuspo da sua criadora.
Não admira, pois, que sempre que uma mulher o julga ter encontrado, no fim da curta festa restem incómodos pedaços da criatura espalhados por todo o lado.
E às vezes, muito raramente, e apenas em dias em que o alinhamento astral é perfeito, dá-se o caso de encontrarmos um homem cujos requisitos são inatos e não colados a cuspo. E nessa altura é a verdadeira perdição.
ResponderEliminarMas se reparares, normalmente esses alinhamentos astrais não acontecem com o tipo de pessoa que previamente se imaginou como ideal (pelo menos na minha experiência).
ResponderEliminarTens toda a razão. Aliás, dão-se com homens com quem socializamos sem qualquer pretensão romantica, e portanto, homens que não idealizamos ou sequer analisamos.
ResponderEliminarDevo dizer que nunca me tinha lembrado do Frankenstein nestes termos. o mito ou a moral associada à historieta da Mary Shelley é-me grata para explicar o pejo que nós temos pelo «diferente», pelo «bizarro», pelo a-social e, acima de tudo, uso-o para mostrar que o homem não deve ter pretensões a Deus. As mulheres gostariam de criar um Adónis, não um Frankenstein. Percebi a ideia mas, querida Cuca, não concordo com ela.
ResponderEliminarBeijo
Capitu, o objectivo é o adonis mas o resultado só pode ser um Frankenstein espiritual.
ResponderEliminarHmmmm não me parece! O adónis de cada mulher (físico e espiritual) é o Frankenstein de outra galdéria qualquer... O corpo e o cérebros perfeitos para mim podem não ser para ti... Eu sou muito optimista nisto: acho que podemos estar sossegadinhas no castelo que mais dia menos dia o nosso ogre vai aparecer e, aos nossos olhos, ele é um verdadeiro príncipe.
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