Às vezes penso que se a vida fosse um conto de Charles Dickens eu seria a pobre rapariguinha gelada com os joelhos assentes na neve, colada à janela de uma casa de brilhos e veludos a ver dançar uma mulher inteira que um dia foi o seu passado.
Mas depois lá me abrem a porta e o calor é irrespirável, o cheiro das flores enjoativo, a música um piano desafinado e a mulher…bem, a mulher olha para mim incapaz de se reconhecer.
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