sábado, 20 de novembro de 2010

Linguagem avatar


Estava eu ligeiramente obcecada com o meu recente historial errático em matéria de avaliação de personalidades, quando me apercebi das razões do meu logro.
Temos os SMS, o Facebook, o MSN, o Skype, o Google e os Blogues como formas de não comunicação. São muito úteis na arte de camuflar a clarividência de um sorriso, ou da sua falta, em enigmas linguísticos que, vai-se a ver, não querem dizer rigorosamente nada.
Nalguns casos, o vício intensifica-se ao extremo de o virtual se estender aos próprios sentimentos, como se a forma de expressão levasse a melhor sobre a mensagem. É a emoção à distância de um on, ou de um off, consoante as conveniências do instante. E não falta quem escolha viver a vida como se fosse um avatar de si próprio.
Quando se trabalha com a verdade, sabe-se bem os equívocos que se evitam quando se perde a paciência para os sinais de fumo e dois pares de olhos se encontram na mesma dimensão.
Eu não perdi nenhuma das minhas capacidades de avaliadora de personalidades. Só não estava desperta para a necessidade de refazer a fórmula, introduzindo-lhe o factor “esquizofrenia avatar”.

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