(…)Quem quer adquirir a sua alma na paciência conhece que a sua alma não lhe pertence, que há um poder em subtracção ao qual ele tem que adquiri-la, um poder a partir do qual ele tem de adquiri-la e que ele mesmo a tem de adquirir. Ele nunca abre mão da paciência, nem mesmo quando a adquiriu, pois foi a paciência que ele adquiriu e, mal abandone a paciência, abandona também a aquisição; mas ele também não abre mão da paciência quando parece que o seu esforço foi gorado, pois, na medida em que o for, ele bem sabe que a razão tem que ser esta: que a paciência não era adequada ou que a razão foi a impaciência. Quer ele, portanto, adquira a paciência no terrível instante da decisão quer a adquira lentamente, é na paciência que ele adquire a alma(…).
In Soren Kierkegaard “Adquirir A Sua Alma Na Paciência”, Assírio & Alvim.
In Soren Kierkegaard “Adquirir A Sua Alma Na Paciência”, Assírio & Alvim.
Perder a alma na impaciência, apesar de revelar uma indesejada desobediência a Kierkegaard, sempre é uma coisa mais bonita do que, por exemplo, vendê-la ao diabo. A parte chata é que entre perder um objecto ou vendê-lo, toda a gente sabe que a segunda é francamente mais gratificante.
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ResponderEliminarSe há coisa que a Maria gosta é de dar sermões às pessoas, principlamente quando o faz com direito de causa. Como diriam os jogadores da bola. É coisa para galvanizar uma rapariga.
Galvanizar é bonito, Maria.
ResponderEliminarou seja, é mais bonito o bonito que o lucrativo. é mais chato, mas é mais bonito. lá se vão os omega e os manolo blahnik... ou a parte chata é admissão de resignação?
ResponderEliminarNão sou suficientemente Kierkegaardiana para conseguir adquirir a alma na paciência, mas sou-o para perder a alma na impaciência da tentativa. A parte chata é que, no fundo, no fundo, gostava mesmo era de me estar nas tintas para isso tudo e ir a correr vendê-la.
ResponderEliminarmas não vai. o que significa que, num fundo ainda mais fundo que esse fundo há qualquer coisa para lá de ostentações de omegas e manolos. não que seja pecado mas é um bocadito histérico.
ResponderEliminar... se fosse por um Range Rover...
Noodles, a futilidade é um excelente antídoto contra a loucura. Eu uso-a sempre em doses exactas e trato-a com o carinho que se dispensa a um velho psiquiatra. Ás vezes a loucura é que um bocadito histérica.
ResponderEliminarTcha-ram!!! Futilidade! Vá lá, sempre saiu. Estava a ver que tinha de ser a ferros.
ResponderEliminarNo fundo, no fundo, também concordo. Concordo eu e a minha vontade indomável de Range Rover. Fica a carta ao Pai Natal:
"Para conforto, requinte e conveniência, muitos equipamentos avançados são disponibilizados de série no Range Rover HSE. A nova gama de motores integralmente V8 inclui o soberbo novo motor LR-TDV8 Diesel de 4,4 litros com uma nova caixa automática de oito velocidades com Drive Select e Paddle Shift de série. Disponibiliza também mais potência e binário, e consumos mais reduzidos. O sistema patenteado Terrain Response® foi actualizado com as novas funcionalidades Hill Start Assist e Gradient Acceleration Control. A Câmara Traseira Integrada torna o estacionamento mais fácil, apresentando uma imagem a cores de grande angular no Ecrã Táctil integrado no tablier. Incorpora ainda o luxo dos bancos em couro Blenheim, dos bancos dianteiros aquecidos, dos acabamentos em madeira verdadeira, do sistema de entretenimento harman/kardon® com 11 altifalantes e das protecções opcionais iluminadas nas embaladeiras dianteiras. No exterior encontra-se disponível a nova grelha dianteira e grelhas laterais Jupiter e uma gama de quatro atraentes jantes em liga leve de design novo. Em complemento, encontram-se disponíveis duas cores adicionais de grande beleza, Branco Fuji e Azul Baltic e, dependendo do modelo, os Packs Supercharged e Design Exterior."
Eu portei-me bem. Juro.