M: Incitar uma abelha a aferroar-me foi a coisa mais vil que algum dia me fez. Não tem graça nem par. Uma tarde inteira a fazer apostas patéticas. Incluiu-me no seu rol de prémios – quem aposta a aferroada de uma abelha no tornozelo de uma amiga!? Que amigo é esse?
Lobo A.: Ora, minha querida, já lhe prometi que a acompanho nessa pantomina da abelha até à cova. Não vai ser pela minha boca que vão saber que a minha querida teve aquele ataque de choro e fúria ao acabar o livro que fala da vida de um senhor ministro. Livro que, lamentavelmente, a minha querida atirou para a piscina e que se desfez quase instantaneamente no ph 7,1. E que o palavrão que murmurou ao arremessá-lo era para mim. E que a minha querida já não chorava por causa de um livro desde que, aos 13 anos e de um fôlego, leu o Fernão Capelo Gaivota.
M: Que disparate! Atirei o livro à mentecapta da abelha! À mentecapta da abelha!
Lobo A.: A pobre nem a beliscou, minha querida… Vá, já lhe assegurei que não conto a ninguém. Seja boazinha e vamos beber o café para a sala, já todos foram. Escute: quero ouvir os improvisos do Fritz ao piano. Vá lá.
M: É um idiota. Sabe bem como o estimo e põe-se com estas coisas. Sabe que mais? Não passa de um crápula ordinário que usa os seus truques de psicanalista e os seus olhos azuis para atrair garotas. Estou cheia de si! Não satisfeita mas cheia. Amanhã já começo os Cavalos Que Fazem Sombra…
Lobo A.: Está bem. Sossegue. Quando voltar do seu passeio pelo vinhedo esta madrugada e chegar com os pés carregados de terra (que vai sorrateiramente lavar à piscina, pensa que eu não sei?) e a camisa de noite esfarrapada e ainda a mastigar pétalas de rosas, estarei à sua espera para falarmos sobre isto. E fumamos um cigarrinho juntos, sim?
Lobo A.: Ora, minha querida, já lhe prometi que a acompanho nessa pantomina da abelha até à cova. Não vai ser pela minha boca que vão saber que a minha querida teve aquele ataque de choro e fúria ao acabar o livro que fala da vida de um senhor ministro. Livro que, lamentavelmente, a minha querida atirou para a piscina e que se desfez quase instantaneamente no ph 7,1. E que o palavrão que murmurou ao arremessá-lo era para mim. E que a minha querida já não chorava por causa de um livro desde que, aos 13 anos e de um fôlego, leu o Fernão Capelo Gaivota.
M: Que disparate! Atirei o livro à mentecapta da abelha! À mentecapta da abelha!
Lobo A.: A pobre nem a beliscou, minha querida… Vá, já lhe assegurei que não conto a ninguém. Seja boazinha e vamos beber o café para a sala, já todos foram. Escute: quero ouvir os improvisos do Fritz ao piano. Vá lá.
M: É um idiota. Sabe bem como o estimo e põe-se com estas coisas. Sabe que mais? Não passa de um crápula ordinário que usa os seus truques de psicanalista e os seus olhos azuis para atrair garotas. Estou cheia de si! Não satisfeita mas cheia. Amanhã já começo os Cavalos Que Fazem Sombra…
Lobo A.: Está bem. Sossegue. Quando voltar do seu passeio pelo vinhedo esta madrugada e chegar com os pés carregados de terra (que vai sorrateiramente lavar à piscina, pensa que eu não sei?) e a camisa de noite esfarrapada e ainda a mastigar pétalas de rosas, estarei à sua espera para falarmos sobre isto. E fumamos um cigarrinho juntos, sim?
Espero que tenhas dito o palavrão em inglês!
ResponderEliminarNão. Foi mesmo "filho da puta".
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