Fernando Pessoa disse que o valor das coisas não está no tempo que elas duram mas na intensidade com que acontecem.
Fernando Pessoa existiu nos dias da lentidão, em que uma viagem do Porto a Lisboa ainda não demorava duas horas e um quarto, os quotidianos não se absorviam no ápice da pressa, as mensagens não chegavam ao destinatário em menos de trinta segundos, o verniz das unhas não estalava em dois dias.
O contexto do poeta na definição do tempo que não dura era o de seis meses seguidos, uma estação inteira ou, no mínimo, a gestação de um rato.
Fora desse tempo de dias marcados por relógios de corda, a maioria das vezes parados nas paredes que lhes serviam de sustentáculo, o tempo que as coisas duram condiciona o seu valor.
Numa equação em que um dos termos é o custo e o outro o benefício, até a longevidade de uma mera sensação é condicionante da memória da sua intensidade.
Fernando Pessoa existiu nos dias da lentidão, em que uma viagem do Porto a Lisboa ainda não demorava duas horas e um quarto, os quotidianos não se absorviam no ápice da pressa, as mensagens não chegavam ao destinatário em menos de trinta segundos, o verniz das unhas não estalava em dois dias.
O contexto do poeta na definição do tempo que não dura era o de seis meses seguidos, uma estação inteira ou, no mínimo, a gestação de um rato.
Fora desse tempo de dias marcados por relógios de corda, a maioria das vezes parados nas paredes que lhes serviam de sustentáculo, o tempo que as coisas duram condiciona o seu valor.
Numa equação em que um dos termos é o custo e o outro o benefício, até a longevidade de uma mera sensação é condicionante da memória da sua intensidade.
No que se refere às sensações acredito que seja assim. Na memória visual já não... ainda consegues descrever a orelha?
ResponderEliminarprefiro nem me perguntar...
ResponderEliminar