Deus - Minha filha, deves ver os acontecimentos dos últimos tempos como provações…
C - Não me lembro de ter enviado currículos para o lugar de Job. Além disso já tenho emprego. Por falar nesse assunto, vai-te embora que preciso de trabalhar.
Deus - Não depende de candidatura. Todos são criaturas de deus e deus estende a todos as provações que entende.
C - Reparo que falas de ti próprio na terceira pessoa. É complexo de jogador de futebol ou é mesmo por seres um cobardolas que pretende desresponsabilizar-se disfarçadamente?
Deus - As provações são minhas. A responsabilidade pelas escolhas é tua.
C - Oh, cala-te. Tu geres um tasco ordinário de prato único. Estou farta da tua moralidade requentada.
Deus - A moralidade, minha filha, é um antídoto contra o niilismo.
C - És mesmo impostor. Foi o Nietzsche quem disse isso. Se pensas que vens para aqui enganar-me com essas conversas pseudo-intelectuais…
Deus - Não te peço o sacrifício de Abraão, ou a fé de Job, só te peço que te voltes para mim.
C - Abraão era um assassino que deveria ter sido condenado. Job, um fanático afásico. E eu, eu preciso de trabalhar.
Deus - Recuso-me a desistir de ti.
C - Até podes enviar as pragas do Egipto. Já antecipei esse golpe baixo e enchi a despensa com frascos de insecticida.
Deus - Um dia acabarás por me pedir ajuda.
C - lá-lá-lá-lá. Não estou a ouvir nada. Lá-lá-lá-lá. Não estou a ouvir nada.
Deus - Tarada de um raio! Estou a ficar farto desta gaja.
C - Doutora Gaja, se fazes favor.
C - Não me lembro de ter enviado currículos para o lugar de Job. Além disso já tenho emprego. Por falar nesse assunto, vai-te embora que preciso de trabalhar.
Deus - Não depende de candidatura. Todos são criaturas de deus e deus estende a todos as provações que entende.
C - Reparo que falas de ti próprio na terceira pessoa. É complexo de jogador de futebol ou é mesmo por seres um cobardolas que pretende desresponsabilizar-se disfarçadamente?
Deus - As provações são minhas. A responsabilidade pelas escolhas é tua.
C - Oh, cala-te. Tu geres um tasco ordinário de prato único. Estou farta da tua moralidade requentada.
Deus - A moralidade, minha filha, é um antídoto contra o niilismo.
C - És mesmo impostor. Foi o Nietzsche quem disse isso. Se pensas que vens para aqui enganar-me com essas conversas pseudo-intelectuais…
Deus - Não te peço o sacrifício de Abraão, ou a fé de Job, só te peço que te voltes para mim.
C - Abraão era um assassino que deveria ter sido condenado. Job, um fanático afásico. E eu, eu preciso de trabalhar.
Deus - Recuso-me a desistir de ti.
C - Até podes enviar as pragas do Egipto. Já antecipei esse golpe baixo e enchi a despensa com frascos de insecticida.
Deus - Um dia acabarás por me pedir ajuda.
C - lá-lá-lá-lá. Não estou a ouvir nada. Lá-lá-lá-lá. Não estou a ouvir nada.
Deus - Tarada de um raio! Estou a ficar farto desta gaja.
C - Doutora Gaja, se fazes favor.